domingo, 3 de fevereiro de 2013

Défice de inspiração

Completamente sem inspiração para escrever seja o que for, rascunhos e ideias há muitas, mas teimam em não se transformar em posts.
Quando vivemos longe de casa, como é o caso, a melhor forma de nos mantermos informados é através dos jornais online, blogues e afins, os quais sabemos como têm tendência para o sensacionalismo, tão típico da pessimista alma lusitana eterna amante das tragédias de proporções bíblicas. Quanto pior melhor parece ser o mote. Se as coisas não estão boas, pior ainda as pintamos.
Por isso nas últimas férias fiz greve à internet e aos noticiários, tendo passado duas semanas quase desligado do mundo. E que bem que soube! Não que fosse alheio ao que se passa à minha volta, pois qualquer pessoa fazia questão de me lembrar que as coisas não andam fáceis, como se fosse algo que não salta à vista de qualquer um, principalmente na minha cidade natal, hoje quase uma aldeia... Daí também a falta de inspiração. Para quê escrever sobre aquilo que todos escrevem, pois todos sentem e vivem o mesmo? Talvez seja apenas uma fase, afinal todos vivemos momentos de pura inspiração e outros em que nem a mais simples banalidade conseguimos articular de modo a fazer sentido.
No meu caso há épocas em que tenho necessidade de uma "desintoxicação" online, de me afastar de tudo o que seja site noticioso ou blogue (telejornais incluídos), a bem da minha saúde mental, tal a profusão de cataclismos que uma pessoa encontra. Esta é uma dessas épocas. Além disso a realidade Lusitana é neste momento demasiado surreal para que estes olhos, que assistem ao longe, consigam vislumbrar algo com sentido acerca da mesma.

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